SUMO SACERDOTE
(PRINCIPAIS SACERDOTES)
Grego: ἀρχιερεύς (archiereús) | Strong: G749.
Total de 122 ocorrências:
Como “sumo sacerdote”: Mt 26:3,51,57,58,62,63,65; Mc 2:26; 14:47,53,54,60,61,63,66; Lc 3:2; 22:50,54; Jo 11:49,51; 18:10,13,15,16,19,22,24,26; At 4:6; 5:17,21,27; 7:1; 9:1; 19:14; 22:5; 23:2,4,5; 24:1; Hb 2:17; 3:1; 4:14,15; 5:1,5,10; 6:20; 7:26,27,28; 8:1,3; 9:7,11,25; 13:11.
Como “principais sacerdotes”: Mt 2:4; 16:21; 20:18; 21:15,23,45; 26:14,47,59; 27:1,3,6,12,20,41,62; 28:11; Mc 8:31; 10:33; 11:18,27; 14:1,10,43,55; 15:1,3,10,11,31; Lc 9:22; 19:47; 20:1,19; 22:2,4,52,66; 23:4,10,13; 24:20; Jo 7:32,45; 11:47,57; 12:10; 18:3,35; 19:6,15,21; At 4:23; 5:24; 9:14,21; 22:30; 23:14; 25:2,15; 26:10,12.

Nas ocorrências em que aparece no plural, o grego ἀρχιερεύς (archiereús) é usualmente traduzido como “principais sacerdotes” na maioria das versões do NT em português. Porém, uma tradução literal seria “sumos sacerdotes”, a qual não costuma ser adotada para se evitar mal-entendidos.

Esse cuidado é necessário porque havia somente um sumo sacerdote em exercício. As passagens que mencionam “archiereús” no plural dizem respeito a um grupo influente dentro da elite sacerdotal. Sendo assim, o termo “principais sacerdotes” incluía:

• O sumo sacerdote em exercício;
• Sumos sacerdotes anteriores;
• Chefes dos 24 turnos sacerdotais que serviam no Templo;
• Membros do Sinédrio com função sacerdotal.

Quanto ao sumo sacerdote, propriamente dito, ele representava a maior autoridade espiritual entre os judeus. O início da função de sumo sacerdote se deu com Arão, da tribo de Levi, cujos detalhes de sua escolha e prerrogativas encontramos em Êxodo, capítulos 28 e 29, e Levítico, capítulos 8 a 10 e 26. . Apesar de todos os homens da tribo de Levi (os levitas) auxiliarem os sacerdotes nos serviços sagrados, somente os descendentes diretos de Arão podiam exercer o ofício sacerdotal. E, dentre esses, apenas um podia exercer o ofício de sumo sacerdote, o qual vestia roupas especiais (cf. Êxodo 28), incluindo o peitoral com 12 pedras representando as tribos de Israel. As prerrogativas do sumo sacerdote eram, principalmente:

• Entrar no Santo dos Santos no Templo, uma vez por ano, no Dia da Expiação (Yom Kippur), para oferecer sacrifícios pelo pecado do povo (cf. Levítico 16);
• Supervisionar o culto do Templo, os sacrifícios e a pureza ritual;
• Representar o povo diante de Deus, especialmente em momentos de intercessão e arrependimento.

No tempo do Novo Testamento, em que os judeus estavam sob domínio romano, o sumo sacerdote era nomeado por Roma através de seus representantes políticos locais. O sumo sacerdote ainda tinha que ser um descendente de Arão, mas o tempo de serviço no templo dependeria da conveniência política, podendo durar muitos anos caso ele atendesse aos interesses romanos.

No relato dos evangelhos, Anás e Caifás são mencionados como sumos sacerdotes (Lc 3:2). Não é que houvesse dois oficiais ao mesmo tempo, mas Anás ainda era reconhecido como tal pelo povo, mesmo após deixar o cargo, em 15 d.C. Anás era sogro de Caifás (Jo 18:13), o qual foi sumo sacerdote entre 18 e 36 d.C. Ambos, Anás e Caifás, participaram da reunião do Sinédrio em que Jesus foi condenado (João 18:13-24; Mateus 26:57–68; Marcos 14:53–65; Lucas 22:54–71; João 18:13–27).

Autor: Seguidor de Cristo sem rótulo denominacional, pesquisador independente do Novo Testamento e da história do cristianismo, autodidata, dedicado a ensinar o evangelho e compartilhar meus conhecimentos gratuitamente, sem qualquer barreira e influência institucional. Porém, não sendo assalariado, admito necessitar de ajuda para prosseguir nessa missão, seja para realizar viagens missionárias de apoio a congregações, seja para investir na compra de livros e equipamentos para melhoria na gravação dos vídeos de ensino. Sendo assim, agradeço muito se puder apoiar o meu trabalho, seja com uma doação pontual ou mensal. Assim poderei continuar me dedicando a pesquisar e compartilhar minhas descobertas, bem como as conclusões a que tenho chegado. Imensa gratidão!
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